Quando os seus pais se internam num asilo, o único refúgio que resta a Umbro são os seus amigos. Juntos, formam um grupo de rapazes de dezasseis anos unidos pelo abandono, que, apesar das suas circunstâncias, querem contar a sua história.
Adón quer realizar a sua ambição e provar que se consegue fazer à sua medida. Robin deseja alcançar a felicidade através da independência. Cário anseia mais do que revela e está disposto a pagar o preço.
Umbro aspira a ser uma história que valha a pena contar. Uma em que se ergue da ruína com os seus amigos para se rirem enquanto as ondas do mar lhes rebentam aos pés. Mas o monstro que reina a Noite quer contar uma história muito diferente da sua e condená-lo a sentar-se no Trono da Ruína.
A batalha que terá de travar para contar a sua história é inevitável. Para a vencer terá de se fazer forte e encontrar a profetizada Luz Secreta. Só assim conseguirá proteger o que lhe resta: os seus amigos e uma menina que promete a salvação de todos.
Depois do seu suicídio, Horace acorda da escuridão da morte.
Preso no corpo de uma criança, numa ilha a flutuar pelo espaço, é recebido por duas estranhas entidades que, antes de o abandonarem, lhe explicam que tudo o que viveu foi falso: uma simulação.
Mas não é o único abandonado. Com ele estão mais quatro velhas crianças, todas elas confrontadas com uma nova realidade depois do fim das vidas que achavam reais. Uma menina de cabelos brancos que tenta segurar a sua fé. Um menino com um fato púrpura fascinado pela possibilidade de novas conquistas. Um menino chorão que de nada quer saber. Um menino que balança perigosamente. Horace, o menino de cabelo ruivo, começa a viagem pelos dilemas que esta nova realidade lhe levanta.
Atormentado pela tragédia de que tentou fugir através da morte, vê-se obrigado a recordar todas as memórias dolorosas e a repensar, não só o seu ser, como de tudo o que amava.
Assim começa "As Velhas Crianças", uma história sobre transformação, redenção, coragem na face da tragédia e a natureza da realidade.